1700 não

Se você ainda não leu aqui no site, eu já disse: Eva não passava dos 60 por hora quando pegamos ela. O 1600 originalmente a álcool e com apenas um carburador esquentava muito, nunca tinha visto algo como aquilo. Vinte minutos e o carro estava torrando. Não era um problema, era vários empilhados.
Optamos por andar com ela e não partir para reformas logo no início, que poderiam deixá-la meses parada e sem saber exatamente seus problemas. Instalamos a carburação dupla para dar mais força, a ignição eletrônica xingling deu pau. Aí trocamos pra um hotspark, mas continuava esquentando, trocamos a bobina de lugar, atrasamos o ponto, por se tratar de um motor a álcool que estava funcionando com gasolina. Melhorou, não esquentou mais, porém perdeu um pouco de força.

Dois buras deram uma animada nela.
Bomba de óleo da EMPI, com filtro de óleo e posteriormente o radiador melhoraram muito o desempenho. Quando o câmbio foi pra revisão, só a terceira funcionava direito, aproveitamos pra fazer a troca dos cabeçotes, um deles estava trincado, vimos ao retirar. Ao mesmo tempo instalamos uma surdina 4×1 do Tio Ponta e dois carburadores melhorados do Kiko Carburadores, com borboletas maiores de 32 para 34, bem como difusores de 22 para 24. Ela deu um grande salto dessa vez.
Com tanta coisa nova em volta foi a vez dos pistões não aguentarem na viagem até Santa Cruz do Sul. Quando abrimos o motor eles eram dos modelos a álcool ainda. O antigo dono disse que ficou mais de 10 anos com o carro e nunca trocou. Então a gente pode crer que o desempenho dela esteve aquém do que realmente poderia ser.

Retifica
O motor foi pra retifica. Já estava certo que queria trocar o comando, o W100 da EMPI foi o escolhido. Estava com dúvidas entre o 110 e o 100. O que estava nela era marca diabo, não era nem o tal do 2AG que deveria. Depois que levamos para a retifica fomos informados que a medida do vira teria que ser de 1.25. Ou seja, ficaria fraco, poderia ser um problema no futuro.
Tudo o que você menos quer, alias você não quer, quando faz o motor novamente é ter que abrir ele. Então não vamos pagar duas vezes por um serviço. Vamos botar um virabrequim novo da EMPI. E já que vamos trocar comando, kit e vira, não vamos deixar as bielas velhas.
1700?
Quando começamos a pensar no motor, de cara a primeira intenção era ter um 1700. Porque não precisa fazer nada de usinagem no bloco. O trabalho é só comprar o kit mesmo. Se pensar na pratica, os Sp2 tinham 10 cavalos a mais que os 1600 normais. Óbvio que não era apenas a litragem do motor. Mas numa evolução lógica, apenas isso deveria render mais cavalaria. Como já comentei estamos usando carburadores com borboleta 34, algo parecido com o que a Volks usava no Sp2. Na teoria a gente já teria mais alimentação.
Porém temos que pensar sempre no depois. Qualquer problema num Kit 1700 resultaria num custo maior de manutenção. É claro que não vamos montar nada pensando em quebrar, apenas ter ciência de que isso pode acontecer. Nesse ponto o 1600 tem farta oferta de peças.

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1 Response

  1. 05/08/2019

    […] Depois tivemos que comprar um virabrequim novo, o que estava no carro não estava bom, falei disso aqui nessa postagem. Isso já era sexta-feira, quando a retífica nos falou sobre isso. Fiz a encomenda […]